História do PET Agronomia UFC
- Primeiro tutor (abril de 1992 - agosto de 1994):
Professor Titular, Dr. José Higino Ribeiro dos Santos, Graduado em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará (1964). Mestrado (1970 - 1971) e Doutorado (1974 - 1976) pela Universidade de São Paulo (ESALQ-USP), na área de Entomologia Agrícola. Entre os anos de 1996 e 2000 atuou como Professor Visitante na Escola Superior de Agricultura de Mossoró - ESAM (atual Universidade Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA) e, mais tarde, entre 2000 e 2005, foi Professor Visitante da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Na segunda metade dos anos 1980, dentro da filosofia de iniciativas anteriores, como a do Prof. Ivon Leite de Magalhães Pinto da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, na década de 1950, e, dentro dos propósitos defendidos pelo Prof. Cláudio de Moura Castro, ex-diretor da CAPES (1979 - 1982) e criador do Programa Especial de Treinamento (atual Programa de Educação Tutorial), o Prof. José Higino Ribeiro dos Santos, então Professor Titular do Departamento de Fitotecnia (Centro de Ciências Agrárias/UFC), ensejava o melhor aproveitamento dos alunos que se destacavam no curso, especialmente aqueles que brilhavam já no vestibular, garantindo-lhes bolsa e melhores condições de formação.
Conforme as idéias do Prof. Higino estes alunos deveriam funcionar como exemplo para as turmas, dando apoio e maior dinamismo ao curso, inclusive dentro das salas de aula. Naquela época o processo normal de implantação de todo e qualquer grupo PET passava pela elaboração de um projeto a ser submetido à concorrência interna nas Instituições de Ensino Superior, as quais recebiam a concessão de cotas de grupos PET para alocação entre os cursos existentes. Como o número de cursos normalmente era superior ao número de cotas recebidas, nem todos os cursos com projetos apresentados recebiam a concessão. Assim, em um primeiro momento o projeto apresentado pelo Prof. Higino para criação do PET-Agronomia não foi contemplado. Nessa ocasião havia outros cursos julgados de maior importância pela UFC, com maior força política, e que foram priorizados, ficando a Agronomia para a próxima seleção. Na solicitação seguinte a Agronomia/UFC ganhou o seu PET, o qual foi implementado em abril de 1992. De início eram quatro bolsas, permanecendo assim durante todo o primeiro ano. Em março de 1993 ingressaram mais quatro bolsistas e, em março de 1994, outros quatro, completando o total de 12 bolsistas. A partir de então há a renovação periódica dos bolsistas, na medida em que vagas são liberadas em função de conclusão de curso, desistência ou desligamento involuntário.
Com o aumento progressivo do número de bolsistas e o desenvolvimento natural daqueles mais antigos, o grupo foi ganhando corpo e consistência. Além disso, com o objetivo de tornar as ações mais efetivas o PET atuava em conjunto com outros grupos, sob a orientação do Prof. Higino, quais foram, um grupo de extensão (GEEA - Grupo de Extensão dos Estudantes de Agronomia); um grupo de pesquisa (Grupo de Pesquisa), um grupo de estudantes de pós-graduação (orientados pelo tutor) e o grupo do livro. O grupo de pesquisa tinha como objetivo fazer nascer, com toda pujança, o futuro aluno de pós-graduação, portanto, este era composto por estudantes voluntários da graduação e, principalmente, pelos petianos, os quais recebiam bolsa e apresentavam constância em suas atividades.
Cada petiano, necessariamente, estava sempre participando de pelo menos um projeto de pesquisa, sob sua liderança, podendo participar também de outras equipes como colaborador. Através desses projetos os estudantes tinham a oportunidade de iniciar na pesquisa e de participar de eventos científicos, com a apresentação dos resultados e publicação de resumos, bem como, eventualmente, de publicar os trabalhos na íntegra em revistas especializadas. As pesquisas eram desenvolvidas em laboratório ou em áreas pertencentes ao Centro de Ciências Agrárias, na UFC, com destaque para a horta e o pomar de frutíferas. Por sua vez, o grupo de extensão (GEEA) tinha por fim proporcionar aos estudantes de agronomia um contato direto e periódico com os produtores de hortaliças do cinturão verde de Fortaleza, aprimorando seus conhecimentos e adquirindo alguma experiência profissional, ao mesmo tempo em que prestavam assistência técnica gratuita a uma parcela de produtores que, normalmente, não teriam recursos necessários para pagar por ela. Havia ainda certo grau de interação entre os petianos e um grupo de pós-graduandos orientados pelo tutor, através de atividades em comum no manejo da horta; do acompanhamento e apoio nos trabalhos de dissertação ou tese e, de reuniões periódicas com o tutor. Essa interação visava um primeiro contato e um envolvimento inicial com o "espírito" da pós-graduação, partindo do pré-suposto que o bom aluno da pós-graduação "nasce" na graduação. Além de outras atividades mais comuns como a participação em cursos de línguas estrangeiras, a apresentação de seminários pelos bolsistas e a promoção de palestras ministradas por profissionais externos à UFC, houve outra atividade de destaque no período inicial do PET-Agronomia, que foi a consolidação do jornal mural "O Gafanhoto".
Embora procurasse e ainda procure desenvolver um leque de atividades relacionadas tanto ao ensino, como à pesquisa e à extensão, desde o seu início a prioridade do PET-Agronomia está em formar o jovem com nível ético elevado, ressaltando a administração do bem comum e o compromisso em dar um retorno à sociedade.Vale ainda ressaltar a possibilidade que havia de concessão automática de bolsas de pós-graduação da CAPES para um ou mais petianos concludentes de cada grupo, segundo critérios definidos pelo próprio grupo, e, cuja capitalização dependia da cobrança do tutor junto à Reitoria e à própria CAPES. Assim, o PET-Agronomia foi agraciado com uma dessas bolsas na sua primeira turma de concludentes, em 1994.2, tendo sido utilizado como critério de escolha o rendimento escolar do aluno, através do IRA (Índice de Rendimento Acadêmico), de forma democrática e transparente para evitar angústias e permitir que, ao chegar o momento, o próprio grupo aplicasse os critérios e definisse o bolsista beneficiado.
PERÍODO DE CONQUISTAS E DE LUTAS
- Segundo Tutor (Setembro de 1994 a Fevereiro de 2004)
Professor Adjunto IV, Dr. João Licínio Nunes de Pinho. Graduado em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestrado em Agronomia (Fitotecnia) na UFC. Doutorado em Ciências Naturais pela Université Paris VII, U.P. VII, França. Aposentado pela UFC e, atualmente, no Centro Tecnológico do Ceará (CENTEC).Este período pode ser delimitado com a entrada do Prof. Dr. João Licínio Nunes de Pinho como tutor, em setembro de 1994. O PET-Agronomia passa a ter uma orientação um pouco diferenciada daquela da primeira fase. A nova orientação estimulava as visitas técnicas a áreas de produtores e instituições de pesquisa. Neste contexto os vários centros de pesquisa da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e a extinta EPACE (Empresa de Pesquisa Agropecuária do Ceará) tiveram, como ainda têm, papel importante no ensino e aplicação prática do método científico.
Várias foram as monografias de conclusão de curso realizadas nestas instituições, sob orientação dos seus pesquisadores. Mas nem tudo foram flores no caminho do PET Agronomia. A falta de conhecimento mais amplo de alguns professores de departamentos ligados ao curso de Agronomia, fez com que o programa fosse tachado de "Elitista". Não estavam errados, pois mesmo o criador do programa na CAPES, Cláudio de Moura Castro, defendeu e defende que o programa deve ser elitista. Porém no sentido moral e ético da palavra, o que quer dizer, meritocrático, somente para os alunos de melhor desempenho acadêmico, entre outros requisitos.
Com o passar do tempo e melhor
conhecimento do programa, esta "nuvem escura" que pairava sobre o
programa dissipou-se. O Prof. Licínio teve como colaboradores os seguintes co-tutores: Prof.
Dr. José Magno Queiroz Luz, hoje na Universidade Federal de Uberlândia -
MG; o Prof. Dr. José Neuman de Miranda Neiva, hoje na Universidade
Federal de Tocantins - TO; e o Prof. Dr. Ervino Bleicher. Durante a gestão do Prof. Licínio o PET-Agronomia foi contemplado com
uma sala de estudos (setembro de 1995) e, posteriormente, viu seus
computadores conectados à rede mundial via "Internet" (setembro de
1996).
- Terceiro tutor (Março de 2004 a Dezembro de 2011):
Professor Titular, Dr. Ervino Bleicher; Graduado pela Universidade de São Paulo, USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, ESALQ - 1974). Mestrado pela Mississipi State University, MSU, Estados Unidos (1977 - 1978), na área de Entomologia. Doutorado na Universidade de São Paulo, USP (1983-1985). Pesquisador da EMBRAPA por 25 anos, da qual pediu demissão para ingressar por concurso na Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Fitotecnia, em 2002.
- Quarta tutora (Janeiro de 2011 a dezembro de 2017):
Profª Drª Cândida H. C. M. Bertini, possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal do Ceará - UFC (1996), mestrado em agronomia (Fitotecnia), pela Universidade Federal do Ceará (1999) e doutorado em Fitotecnia (Produção Vegetal), pela Universidade Federal de Viçosa. Atualmente é professora do Departamento de Fitotecnia - UFC tendo como linha de pesquisa Melhoramento Vegetal e Biotecnologia.
- Quinta Tutora (Janeiro de 2018 a Atualmente):
Profª Drª Rosilene Oliveira Mesquita, Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará
(2007), mestrado em Fisiologia Vegetal pela Universidade Federal de
Viçosa (2010) e doutorado em Fisiologia Vegetal pela Universidade
Federal de Viçosa (2013).
Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Fisiologia
Vegetal/ Fisiologia Molecular de Plantas, atuando principalmente nos
seguintes temas: Fisiologia da Produção e do estresse em plantas,
Proteômica diferencial (eletroforese-2D), metabolômica e metabolismo do
carbono em plantas. Sendo, atualmente, Professora Adjunta classe A, Nível II da Universidade Federal do Ceará.
Datas significativas
Abril de 1992 - Criação do PET Agronomia UFC